Nesse últimos anos vivemos tempos difíceis. Problemas familiares, desastres naturais, a pandemia de COVID-19, a dengue e as queimadas nos cercam, e, sem o controle emocional, todos esses problemas podem parecer ainda maiores do que são. Talvez você já tenha sentido isso: uma sobrecarga de preocupações que parece nos paralisar, nos sufocar, nos afastar do equilíbrio.
Eu vivi isso na pele. Recentemente, minha cidade ficou coberta de fumaça, a lua estava vermelha, e o ar pesava no peito. Mas não foi só o ambiente que ficou denso; algo dentro de mim também mudou.
Eu estava ficando tenso, triste, e completamente preocupado. Sentia assim também quando minha avó ficou acamada e quando soube dos problemas de saúde da minha prima, tudo se tornava ainda mais pesado. E a verdade é que esses problemas não apenas me afetavam emocionalmente — eles me paralisavam.
Gastava tanta energia me preocupando e me perdendo em pensamentos negativos, que eu acabava não conseguindo tomar atitudes que poderiam fazer diferença.
Essa sensação de impotência, de não ser capaz de ajudar quem amamos, é uma das mais dolorosas que podemos enfrentar. Foi então que percebi o quanto a inteligência emocional faz falta em momentos como esses.
Comecei a estudar sobre como podemos gerenciar melhor nossas emoções, porque eu sabia que precisava de uma mudança profunda. E quanto mais eu aprendia, mais claro ficava para mim que essa é uma questão que não afeta apenas o indivíduo. Muitos dos problemas que enfrentamos em nossa sociedade — abandono familiar, violência, brigas no trânsito — poderiam ser amenizados se houvesse mais inteligência emocional.
Quantas vezes vemos pessoas se exaltando em uma discussão, arriscando suas vidas em brigas de trânsito, quando um simples respiro profundo poderia restaurar a paz?
Controlar nossas emoções não significa ignorá-las ou fingir que não estão ali. Pelo contrário, é reconhecer o que sentimos e usar essa consciência para escolher a melhor forma de reagir.
No Brasil, vemos diariamente os efeitos da falta de inteligência emocional. Pessoas que, incapazes de lidar com rejeições ou frustrações, acabam reagindo com violência ou se afastando das pessoas que amam.
As brigas familiares, os conflitos nos lares, e até mesmo o estresse no trabalho muitas vezes têm origem em emoções não resolvidas. A inteligência emocional é mais do que apenas uma técnica de autoconhecimento; ela é uma ferramenta poderosa para melhorar nossas relações e transformar nossa vida.
No mundo profissional, a inteligência emocional é ainda mais valiosa. Bons líderes e gestores não são aqueles que apenas tomam decisões racionais, mas aqueles que sabem como lidar com as emoções — as suas e as dos outros. Eles são capazes de inspirar, guiar suas equipes em momentos de crise e criar ambientes de trabalho saudáveis e colaborativos. Se desejamos crescer como líderes e gestores, precisamos aprender a liderar primeiro a nós mesmos.
Hoje, entendo que desenvolver a inteligência emocional é um caminho contínuo. Estou treinando todos os dias, e, aos poucos, tenho visto os resultados. Não apenas me sinto mais equilibrado, mas também percebo que minha capacidade de ajudar os outros e de tomar decisões com clareza tem aumentado.
Quero compartilhar com você essa jornada, porque acredito que, assim como eu, muitos de nós podem estar enfrentando batalhas internas que nos impedem de agir, de viver plenamente. A inteligência emocional pode ser a chave para desbloquear o nosso potencial, tanto no campo pessoal quanto profissional.
Inteligência emocional vai muito além de simplesmente manter a calma. Trata-se de reconhecer nossas emoções, entender o que as provoca e saber lidar com elas de forma saudável. Eu percebi que, em várias situações, deixava que o estresse, a ansiedade ou a frustração controlassem minhas ações. Isso me afastava das soluções e me fazia gastar muita energia sem resolver nada.
Ao estudar mais sobre o tema, entendi que autoconsciência é o ponto de partida. Passei a prestar mais atenção no que eu estava sentindo em momentos difíceis. Perguntava a mim mesmo: “Por que estou reagindo assim?” Só esse pequeno ato de observar minhas emoções já começou a fazer diferença. Percebi que, muitas vezes, o problema não era tão grande quanto eu estava imaginando, mas a forma como eu estava encarando ele.
Outro aprendizado importante foi o autocontrole. Quando estamos no meio de um turbilhão de sentimentos, é fácil reagir no calor do momento, mas aprendi que parar para respirar e refletir pode mudar tudo. Hoje, quando sinto que estou perdendo o controle, eu respiro fundo e dou alguns minutos para minha mente processar antes de agir. Isso me ajuda a tomar decisões mais sábias e a evitar arrependimentos.
A empatia também é fundamental. Muitas vezes, focamos tanto nas nossas próprias emoções que esquecemos de considerar o que o outro está sentindo. Ao tentar entender o lado da outra pessoa, os conflitos diminuem e as conversas se tornam mais produtivas. No trabalho, por exemplo, isso fez com que eu me tornasse um melhor colega, porque comecei a ouvir mais e julgar menos.
Se você está começando a se interessar por inteligência emocional, saiba que é um caminho contínuo de aprendizado. Não é sobre ser “perfeito emocionalmente”, mas sim sobre aprender a se conhecer melhor e agir de forma mais consciente. É um processo, e cada passo faz diferença.
Seja no trabalho, em casa ou em qualquer outro aspecto da vida, cultivar a inteligência emocional me trouxe mais equilíbrio, tranquilidade e, acima de tudo, uma melhor compreensão de mim mesmo. Aos poucos, você vai perceber como pequenas mudanças podem gerar grandes impactos no seu bem-estar e nas suas relações.
Então, se você está iniciando essa jornada, meu conselho é: dê o primeiro passo. Comece observando suas emoções e veja como você pode responder a elas de forma mais saudável. Aos poucos, você vai notar como esse aprendizado pode transformar a forma como você encara a vida.
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